2009/09/02

Educação na infância: erros mais comuns


Qual papai ou mamãe nunca parou diante de seu filho e já se perguntou: "Onde foi que eu errei?". Malcriações, birras e manipulações de crianças são atitudes que normalmente levam os pais a fazerem tal pergunta.
Não se desespere, afinal educar não é fácil. Mas também não é um bicho papão. Aprendemos com os erros e quanto mais cedo a falha for identificada, mais fácil de se evitar conflitos entre pais e filhos.
Existem alguns erros na hora de educar os filhos que parecem bobos, mas que se reforçados e repetidos são capazes de prejudicar o desenvolvimento da criança, mesmo que a intenção dos pais seja a melhor.
Começando pela alimentação que é uma das principais queixas dos pais. "Meu filho não come", "Tenho que ficar correndo atrás do meu filho para que ele coma" são frases bastante ouvidas pelos pais. Para evitar esse aborrecimento atitudes simples podem ser realizadas desde cedo.
Nada de aviãozinho, televisão ou barganha para que a criança coma. A criança deve entender que sem a comida poderá ficar fraca, com fome e até doente. Qualquer atitude que faça com que a criança coma sem prestar atenção na comida é ruim.
A alimentação deve ser colorida, diversificada e balanceada para a criança não enjoar e aprender a comer de tudo e assim evitar qualquer distúrbio alimentar, como obesidade, bulimia ou anorexia.
Mimar demais a criança não é bom - Outro velho excesso praticado pelos pais: fazer tudo pela criança, mesmo tarefas que já pode realizar sozinha, superprotegendo o filho, é prejudicial ao desenvolvimento social.
Normalmente essas crianças crescem se achando o centro do mundo, mandando e desmandando em tudo e exigindo até o que deve ser feito no jantar. Não conseguem se adaptar na escola, sentem-se inseguros e tornam-se inseguros e irresponsáveis justamente porque nesse lugar ele será apenas mais um, e não o dono do pedaço.
Saiba dizer "não" e dê bronca quando realmente for preciso.
Outro erro comum é negar a dor da criança. Quando a criança rala o joelho numa brincadeira a mamãe com toda boa intenção do mundo tenta amenizar a dor dizendo: "Não foi nada, já passou".
Fazendo assim, a criança acha que os pais não se sensibilizam a sua dor e tendem a procurar uma outra pessoa, deixando uma mágoa. Ou então, se for excessiva essa atitude dos pais a criança fica insegura aos seus sentimentos não entendendo se sente dor, raiva ou medo já que seus pais dizem que não é nada.
Quando os pais chamam a quina da estante de boba quando a criança bate com a cabeça é tirar da criança a responsabilidade de cuidados consigo mesma e colocar a culpa no objeto. Isso pode colocar a vida da criança em risco em situações mais graves. Quando ocorrer novamente o incidente, converse sobre a importância de se evitar acidentes e dos cuidados que a própria criança deve ter.
Deixar o filho ganhar constantemente um jogo só para não vê-lo frustrado com a perda já que não tem a mesma capacidade que a sua faz com que a criança aprenda que a vida é só ganhar. O jogo faz com que a criança espere a sua vez, aceite regras e limites impostas, aprenda a negociar e aceite que a vida é feita de ganhos e perdas.
E a máxima da educação é o exemplo. A criança aprende com exemplos de quem ela confia que são os pais. Se os pais não têm boas maneiras, não pedem, por favor, não dizem obrigado ou bom dia, comem assistindo televisão ou brigam muito passam esses valores para a criança e é isso que irá fazer. Os filhos são o espelho dos pais.
Dicas
Não critique ou elogie demais o seu filho. Tanto um como o outro é prejudicial. O bom senso é a melhor medida.
Não se culpe pelo erro, filho não vem com manual de instruções. Só não insista no erro já detectado.
Na dúvida, procure sempre um especialista para te orientar.
Bruno Rodrigues - Adaptado Flávio.

2009/08/19

Filha afetiva...


Palavras não podem descrever o quão importante é você, que foi acontecendo como um milagre nestes últimos 2 anos e só agora (9/ago) que encontrei a palavra exata para descrever-te. Mas sei que é apenas o começo da descrição do que tu és. Com você o respirar muda, o ar fica mais puro, a singeleza dos seus gestos me encanta. Meu pulmão trabalha melhor, meu coração de tanta felicidade se descompassa quanto te vejo e meus olhos só enxergam sua beleza e o lado bom dos acontecimentos. Meus ouvidos são capazes de transformar seus choros, birras, suas palavras, seus sorrisos, em canções que fazem o mundo se transformar no infinito. Os dias passados contigo se misturam no perfume das flores junto com teu cheiro doce. O andar de bicicleta no parquinho, o canto dos pássaros e a brisa do mar se misturam no azul do céu a brilhar com tua voz. Teu soninho se funde com a lua e no calor do sol teu abraço me acaricia. Te arrumar prá sair, te carregar no colo. Teu sorriso é luz como o brilho das estrelas e tua vida a pulsar é razão para viver. Você não imagina como te amo FILHA AFETIVA. Beijos mil e que teus sonhos de princesa se realizem no futuro brilhante que te aguarda...

2009/08/01

Água fria, resfriado e crianças...


Sabia que você não precisa ter receio de levar criança para tomar banho de mar e piscina devido a resfriados. A explicação é que banhos de piscinas ou mar fazem bem a saúde, principalmente pela manhã, ajudando a prevenir resfriado, até em crianças que têm alergias. Se sua(eu) filha(o) estiver com o peito cheio de catarro, esses banhos são terapêuticos, servindo como fisioterapia respiratória, eliminando as secreções. Faça isso com moderação e ao retirar a criança da água envolva-a em uma toalha seca para aquecê-la. Agora cuidado se a criança tem problemas no ouvido por que dai pode ser ruim.

Fonte: Net...

2009/04/21

O pai e a filha

Certa vez, a menina estava com seu pai e conversando com ele, começou a se queixar da vida, dizendo que tudo estava muito ruim, difícil.

A menina estava tão abatida que sua vontade de lutar e combater não existia mais. Sem saber o que fazer, queria, na verdade, desistir de tudo.
A impressão que ela tinha era a de que, assim que um problema estava resolvido, um outro surgia.

- Pai, atualmente minha vida está de cabeça para baixo, pois tudo está complicado, tudo tão difícil, nada se resolve.

Seu pai, um senhor sábio, muito tranqüilo, honestíssimo com a vida, era um cozinheiro de mão-cheia.
Nesse dia, levou sua filha até a cozinha da sua casa.

Não falou nada, nem uma palavra de conforto, apenas olhando-a no fundo dos seus olhos, como quem quer dizer:
- Filha, preste atenção no que estou fazendo.
Ele encheu três panelas idênticas com água e colocou-as no fogão, todas em fogo alto.

Na primeira panela, colocou algumas cenouras.
Na segunda, colocou ovos.
Na terceira, uma concha com pó de café.

Ainda sem dizer uma palavra, logo que as três panelas começaram a borbulhar, ele apagou as bocas do fogão.
A menina estava impaciente, tentando imaginar o que ele estaria fazendo.

Pegou as cenouras e colocou-as em uma tigela.
Retirou os ovos e colocou-os em outra tigela.
Com uma concha, pegou o café e colocou em uma xícara.

O pai virou-se para a filha e perguntou:
- Minha filha, o que você está vendo?

A menina atenta a tudo, respondeu:
- Cenouras, ovos e café.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe:
- Minha filha experimente as cenouras.

Ela obedeceu e comentou:
- Pai, as cenouras estão macias.

Ele, então, pediu-lhe que pegasse um dos ovos e quebrasse.
Mais uma vez, ela obedeceu e depois de retirar a casca, o tocar no ovo, verificou que o ovo tinha endurecido com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.

Ela sorriu ao sentir o aroma e provar aquele delicioso café.
Então perguntou:
- Pai o que tudo isso quer dizer?

Ele explicou:
- Filha, a cenoura, o ovo e o café, todos eles enfrentaram a mesma adversidade, a água fervente, mas cada um reagiu de maneira diferente.

A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis, sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornara endurecido. O pó de café, contudo, era incomparável; depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.

Ele perguntou:
- Quando algumas adversidades batem à sua porta, como você reage? Qual deles você é, com qual deles você se identificou, filha?

Minha querida, nós somos os únicos responsáveis pelas nossas atitudes, por nossas decisões e também por nossas mudanças.
Cabe a nós, somente a nós, decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais ou a nossa vida como um todo.

Filha, quando você ouvir outras pessoas reclamando da vida, assim como você estava fazendo, ofereça uma palavra positiva.
Mas, lembre-se minha filha, de que você precisa acreditar nisso.
Confiar que você tem capacidade suficiente para superar e transformar qualquer que seja o desafio que chega até você, assim como o café fez, quando misturado com a água fervente.


Alguns Comentários:

E você com qual deles se identificou?
Com a cenoura que parecia tão forte, mas com o calor murchou, se tornou frágil?

Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável, mas depois de algumas perdas ou após algumas decepções se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma?

Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo ainda melhor do que ele próprio?

Aproveite todos os momentos de sua vida não importando se são bons ou ruins.
Se por acaso você encontrar alguém reclamando da vida, que você consiga impactar com uma resposta positiva. "Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar positivamente outras vidas".

Texto adaptado Flávio... copiado na net, autor desconhecido.

2009/04/10

Lombo Assado


Ingredientes
1kg de lombo de porco
1kg de batata bolinha cozida(s), com casca(s)
2 dentes de alho amassado
1 xícara (chá) de vinho tinto
suco de 1 limão
suco de 2 laranjas
1 cebola ralada
sal orégano e pimenta-do-reino a gosto
Modo de Fazer
Lave bem o lombo, e tempere com sal, alho, cebola, vinho, suco de limão, suco de laranja e sal. Deixe descansar nesse tempero por 3 horas. Vire a carne de vez em quando. Coloque-a juntamente com o molho num refratário e asse em forno quente pré-aquecido por 40 minutos. Não deixe secar, de vez em quando jogue água quente. Vire o lombo e asse por mais 40 minutos até ficar dourado. Retire o lombo e reserve.
No molho que sobrou jogue as batatinhas descascadas, coloquem no forno até dourar.
Depois de pronto arrume o lombo com as batatinhas assadas em volta.
Se quiser, fatie o lombo sem separar os pedaços e decore com fatias de presunto e muçarela levando ao forno até derreter a muçarela.

2009/03/11

Violência Doméstica Infantil


No Brasil, a violência dentro de casa é a que mais vitima crianças e adolescentes. De acordo com a Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância, 12% das 55,6 milhões de crianças brasileiras menores de 14 anos são vítimas anualmente de alguma forma de violência doméstica. Em média, 18 mil crianças são agredidas por dia, 750 violentadas por hora e 12 vítimas de agressão por minuto.
As mais afetadas são meninas entre sete e 14 anos, que sofrem principalmente de abuso sexual. Já a violência física atinge tanto os meninos quanto as meninas. Além da agressão corporal, o abandono, a negligência e a violência psicológica também fazem centenas de vítimas todos os dias nas famílias brasileiras.
Segundo a psicóloga do Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância (Crami) Jaqueline Soares Magalhães Maio, a questão cultural é a que mais se relaciona com a violência infantil. Para ela, a cultura da família brasileira possibilita que os pais se excedam sobre o filho com total isenção e com a prerrogativa de educar.
“A gente ainda tem aquela cultura de que o pai e a mãe são proprietários do filho e podem fazer com ele o que bem entenderem, porque os próprios pais foram educados assim. Se o filho faz alguma coisa errada, apanha. E o que começa apenas com um tapinha vai evoluindo para uma cintada, até chegar num espancamento”, disse.
Entre os principais fatores geradores de violência física doméstica, de acordo com a Sociedade Internacional, está a crença dos pais na punição corporal dos filhos como método educativo; a visão das crianças e adolescentes como objetos de sua propriedade e não como um sujeito de direitos; a baixa resistência ao estresse por parte do agressor, que desconta o cansaço e os problemas pessoais nos filhos; o uso de drogas e o abuso de álcool e problema psicológicos e psiquiátricos.
Segundo o Unicef, os agressores mais comuns são, em sua maioria, os pais biológicos, que respondem por 70% das agressões deflagradas contra as crianças. O cônjuge que mais agride os filhos é a mãe, até mesmo por passar boa parte do tempo com eles. Entretanto, as lesões mais graves são causadas pelo pai, por conta da força física.
Fonte: Google

2009/02/16

Colorir desenhos até no carro pode!


Sabia que foram os irmãos McLoughlin que criaram, por volta de 1880, o primeiro livro de colorir para crianças? Chamava-se, e muito apropriadamente, “O Livro de Pintar para a Pequenada” e escusado será que dizer que, até nessa época, foi um sucesso estrondoso! A partir de então a actividade foi desenvolvendo e adaptando-se aos sinais do tempo e viveu a sua “era dourada” na década de 60 do século passado. Hoje, não há criança que não tenha um ou dezenas de livros de colorir!

Ora para entreter os miúdos numa tarde chuvosa de domingo, ora como uma das atividades a incluir na próxima festa de aniversário do seu filho, as crianças simplesmente não conseguem resistir aos desenhos de colorir.

É uma empreitada pessoal que os pequenotes abraçam com grande alegria e responsabilidade, entretendo-se horas a fio porque ninguém lhes está a dizer que devem fazer “assim ou assado”. O que quer dizer que podem colorir fora das linhas, pintar o sol de roxo ou as árvores de azul se lhes apetecer! Afinal de contas o desenho é deles e, uma vez pronta, todos vão adorar a sua “obra prima”, que vai ficar logo em exposição na porta da geladeira, no escritório ou no quadro de recados.

Além de ser uma atividade divertida e lúdica, é extremamente pedagógica! O simples ato de colorir vai permitir o desenvolvimento da coordenação olho-mão, a expressão pessoal, trabalha os níveis de concentração, pode ser altamente terapêutico e é excelente para a aprendizagem de cores, formas e objetos.

Agora, reúna os marcadores, as tintas, os lápis de cor e de cera, imprima os desenhos que os seus pequenos artistas mais gostam e mãos à obra!

Quem sabe não tenha em casa o próximo Picasso ou Monet?

Fonte site: colorirdesenhos.com

2009/02/12

Interpretar desenhos das crianças


Através do desenho de uma criança é possível analisar seu carater, sua personalidade, temperamento e carências. É possível também através do que a criança desenha, descobrir e reconhecer as fases pelas quais a criança está passando, suas dificuldades, bem como seus pontos positivos. Há um livro interessante “Como interpretar os desenhos das crianças” da pedagoga Nicole Bedard – Editora Isis, que poderá lhe ajudar a compreender melhor os desenhos de seu(ua) filho(a); e assim poder conhecê-lo(a) melhor. Cada criança possui um ritmo próprio e é possível que as idades variem ligeiramente.

Entre 2 e 3 anos de idade, predomina a experimentação sobre a expressão. A criança ainda não faz desenhos com significado representativo. Gradativamente a criança vai expressando traços mais significativos, o que se nota são traços leves, ou fortes, pequenos rabiscos, etc.

Entre 3 e 4 anos de idade, a criança começa a se expressar através dos seu desenhos, já tenta desenhar de acordo com a sua realidade, e conforme a própria percepção. Algumas vezes, antes de realizar s primeiro traços no papel, ela nos diz o que pretende desenhar.

A partir de 5 já escolhe a cor em função da realidade (um árvore marrom com folhas verdes por exeplo) e talvez, ao começar a escrever, perca o interesse pelo desenho, porém sua capacidade imaginativa é muito forte.

Alguns significados de alguns desenhos:

Árvore: Refere-se ao físico, emocional e intelectual da criança, Quando o tronco da arvore é alto e largo, revela que seu filho tem muita força na superação dos problemas. Quando o tronco for pequeno e estreito, revela vulnerabilidade às complicações.Se houver excesso de folhas, a criança tem grande ocupações talvez em excesso. Se houver poucas folhas, e galhos a criança está triste.

Casa: Desenho de uma casa grande, demonstra grande emotividade, se for uma casa pequenina seu filho demonstra que é uma criança retraída.

Barco: Desenhar barco significa que a criança adapta-se facilmente a imprevistos. Barcos grandes, revela que seu filho não gosta de mudanças e aprecia ter controlo da situação, se for barco pequeno seu filho é sensível, e tem grande intuição.

Flores: desenhar flores significa que seu filho é uma criança alegre e feliz.

Recomendo a leitura do livro.

2009/02/11

10 dicas para dominar práticas pedagógicas


Muitos catequistas têm dificuldade de passar do discurso pedagógico do papel para a prática. Não é para menos. Por isso, adaptei esta reportagem da revista Nova Escola, repleta de dicas preciosas para catequistas, educadores da fé. Além das novas práticas, contextualização, avaliação, etc., você vai encontrar sugestões para obter maior rendimento dos Catequizandos. Boa leitura! E bom planejamento.

1. Plano de trabalho: conhecer a turma para saber o que e como fazer
Uma turma é sempre diferente da outra. Você sabe disso. E sabe também que, ao iniciar o trabalho com um novo grupo, é fundamental conhecê-lo bem. Só assim podem-se definir com clareza as melhores estratégias e os métodos e materiais a serem usados. É disso que trata o plano de trabalho. Baseado na proposta pedagógica, ele deve também ser norteado pelo planejamento específico de cada etapa ou ciclo que varia de uma catequese para outra. "O plano de trabalho trata das especificidades e demandas de cada turma". É importante, portanto, conversar com os catequistas de cada turma; descobrir se há catequizandos na turma com necessidades especiais; se existem, por exemplo, crianças de diversas culturas, etnias ou religiões dos pais; e pesquisar o histórico catequético de cada um. Entrevistas com os pais ou responsáveis também são úteis para saber com quem a criança mora, o que faz nas horas de lazer, se tem algum problema de saúde, de que brinquedos gosta e em que escolas estuda ou estudou e como foram essas experiências. "É bom descobrir o que os pais pensam, o que esperam da catequese e o que desejam para seus filhos". No grupo, é hora de observar quem desenha bem, tem facilidade ou não para leitura, gosta de falar ou é mais tímido. Com tantas informações em mãos, você poderá elaborar estratégias adequadas para todo o grupo considerando as características de cada um. "O plano de trabalho não pode estar pronto nos primeiros dias de catequese porque exige contato prévio com catequizandos e pais". Além disso, é preciso levar em conta o seguinte: mesmo que você planeje seus encontros de acordo com os conteúdos a ser abordados, sempre haverá, ao longo do ano, a necessidade de mudar os rumos. Um dos motivos é atender às necessidades momentâneas dos catequizandos. De que adianta, por exemplo, seguir o roteiro sem abordar temas que todos vêem nas redes sociais, revistas, TV? "Os encontros consistem em uma seleção pertinente para o momento, pois os conteúdos não se esgotam".

2. Avaliação: acompanhar os catequizandos para traçar o melhor caminho
A avaliação sempre deve estar a serviço do catequizando. Isso significa que ela não tem como objetivo determinar notas, mas acompanhar a caminhada que o catequizando faz, descobrir suas dificuldades e necessidades e alterar os rumos, se preciso. Ela é constante e pode ser feita durante trabalhos em grupo, orações, atividades, jogos, dinâmicas e brincadeiras. Só que o olhar do catequista, nesses momentos coletivos, deve ser sempre para cada catequizando. "Assim se observam os interesses e os avanços de todos na turma". Ao pensar em avaliação, você pode lançar mão de atividades interativas em que existam o diálogo, a troca entre os catequizandos, a participação e a cooperação. Também é importante ter conversas individuais, olhar o portfólio (caderno), anotações e as produções de cada um, perguntar o que aprenderam e do que gostaram. O questionamento constante dá aos catequizandos a oportunidade de aprofundar as suas respostas. Para que você aproveite tudo isso, o registro diário é fundamental. "A observação só se torna um instrumento válido quando é registrada. As anotações mostram em que as crianças e adolescentes se desenvolveram e em que elas ainda precisam avançar". Você pode ainda avaliar a produção de texto individual, as manifestações dos catequizandos sobre diversos assuntos ou sobre um mesmo tema, em vários momentos e as atividades menores, individuais e freqüentes, corrigidas imediatamente. É preciso garantir que os catequizandos possam expressar sua fé de muitas maneiras (em músicas, textos, orações, gestos, pinturas, fotos). Tudo isso contribui para a aprendizagem e educação da fé. O processo é semelhante a um percurso e seu papel não é esperar os catequizandos no final. Você acompanha a turma, ajudando a ultrapassar os obstáculos do caminho.

3. Contextualização: ela vai muito além da relação com o cotidiano
Existe certa confusão sobre o significado do termo contextualizar. A primeira definição é a de que se trata de trazer o assunto para o cotidiano dos catequizandos. É também, mas não só isso. Muitos conceitos e conteúdos são contextualizados no próprio tema abordado. "Isso significa colocar o objeto do conteúdo dentro de um universo em que ele faça sentido". Entendido isso, evitam-se situações forçadas, em que o catequista se sinta na obrigação de relacionar todo e qualquer conteúdo à vida dos catequizandos. Algumas vezes, aquilo que ele não consegue contextualizar acaba até sendo excluído do conteúdo, o que prejudica e muito, a aprendizagem da turma.

4. Objetivo: só depois que ele é definido, vêm o conteúdo e a metodologia
Os objetivos que o catequista deseja alcançar devem sempre preceder sua ação. Receber os sacramentos por exemplo, não é objetivo embora seja o idealizado por muitos catequizandos e pais. Os sacramentos fazem parte do processo e estão inseridos na caminhada catequética. O ideal é estabelecer primeiro um objetivo e, depois, um caminho para alcançá-lo o que inclui definir o conteúdo e a metodologia. "É preciso ficar atento para ver se a catequese não está fazendo o contrário: definindo o caminho, que é passar um conteúdo preestabelecido, para depois pensar nos objetivos". Muitas vezes os catequistas ficam presos à obrigação de trabalhar o conteúdo preestabelecido e, ao mesmo tempo, à necessidade de fixar objetivos, mesmo que eles não façam sentido. "Aparecem situações estranhas: enquanto o objetivo é desenvolver a consciência crítica, o conteúdo a ser passado é a crase". Obviamente o que domina a cena é a crase, que o catequista pensa que tem de ensinar. O objetivo aparece apenas porque alguém disse que ele deveria estar lá. É preciso pensar no que vai ser feito e para quê. Exemplo de objetivo que norteia um trabalho: trabalhar um tema sobre a escravidão para aumentar a solidariedade e compreender mais profundamente o significado da liberdade. Esse objetivo, é bom lembrar, deve sempre estar alinhado com a proposta pedagógica da catequese. Os conteúdos e a metodologia são o caminho a ser trilhado com base no que se estabeleceu como meta.

5. Conhecimento prévio e interesse dos catequizandos: quem descobre é você
Os conteúdos abordados com o grupo devem, basicamente, contribuir para a formação de cristãos conscientes, informados e capazes de melhorar a sociedade. Por isso, é muito comum os catequistas tentarem montar seus encontros tendo como centro do trabalho o interesse dos catequizandos. Dessa maneira, eles teriam mais elementos para refletir sobre o meio em que vivem e sobre o que os cerca. Essa prática, porém, nem sempre garante bons resultados. "Ocorre até o contrário. Ao dar importância somente ao que os catequizandos já conhecem, muitas vezes os catequistas acabam caindo na superficialidade, presos a interesses imediatos". Como conseqüência, surge um conteúdo ditado pelas circunstâncias, que destaca acontecimentos pontuais e não um roteiro de trabalho construído com base na relação entre a proposta pedagógica e a realidade. "Essa questão só se resolve quando a equipe de cada catequese define os grandes horizontes pedagógicos de seu trabalho e, confrontando esses grandes ideais com a realidade e com a prática, descobre as necessidades de seus catequizandos".

6. Temas transversais: o pano de fundo do trabalho da catequese
Temas transversais não são conteúdos em si, apenas permeiam todos eles. Se a catequese decide abordar ética de maneira transversal, não pode estipular um encontro sobre o assunto uma vez e esquecer dele no restante do ano. "Esses temas precisam estar presentes em todos os conteúdos, o tempo todo, como pano de fundo do trabalho da catequese". Ao abordar os temas transversais, o catequista leva os catequizandos a refletir para que eles tenham condições de construir conceitos, em vez de apenas coletar informações a respeito. "Caso contrário, é possível que os catequizandos organizem uma coleta seletiva no bairro ou arrecadem alimentos para um asilo sem pensar no porquê de fazer aquilo". Se a catequese propõe à garotada, por exemplo, mobilizar a população e a prefeitura da cidade para fazer um poço artesiano em benefício de uma comunidade que vive na seca, é preciso, antes da ação, uma reflexão profunda. O que é a seca? Que problemas ela traz? Um poço é a melhor solução para o momento? Há outras formas de contribuir? E, principalmente, por que devemos contribuir? Não é apenas o conteúdo catequético que dá gancho a esse tipo de trabalho. "Uma notícia de jornal e até um conflito durante o encontro podem ser mote para reflexão. É um trabalho contínuo, que nem sempre depende do planejamento dos encontros".

7.Tempo didático: para não errar na dose, é preciso ter objetivos claros
Muitas vezes é difícil definir quanto tempo será gasto para desenvolver um tema, uma atividade ou um projeto. Para não errar na medida, é fundamental ter em mente três pontos: o que você quer ensinar, como cada um de seus catequizandos aprende e como você irá acompanhar e avaliar a garotada. "Se o tempo previsto der errado, é porque pelo menos um desses três itens não foi observado". Na prática, isso significa que você deve estabelecer, primeiramente, os objetivos e os conteúdos (seja para um encontro ou para um projeto mais longo). Depois, pensar nas atividades a serem desenvolvidas, baseando-se na maneira como seus catequizandos aprendem. Então, considerar que é preciso tempo para avaliar, constantemente, a produção da garotada e, dessa forma, saber se será necessário estender a abordagem de um ou outro conteúdo, sobre o qual eles apresentaram dificuldades. "É possível prever o tempo de um projeto, apesar dessas variações no meio do caminho". Por isso, é importante planejar o encerramento com certa antecedência em relação ao fim da etapa. Na catequese, evite encerrar etapas no último trimestre do ano, evitando que pais e catequizandos confundam com escola que tem seu tempo relacionado com o ano civil e principalmente o fim do ano letivo.

8.Inclusão: a catequese leva o catequizando com deficiência a avançar
Receber uma criança ou adolescente com deficiência não deve ser motivo de angústia. Cada vez mais a inclusão tem sido discutida no meio educacional, e os catequistas hoje conseguem encontrar, em parceria com os pais, a coordenação e os especialistas nas deficiências, caminhos seguros para trabalhar. "A catequese serve para ampliar os conhecimentos. Por isso, o primeiro passo é procurar saber o que o catequizando com deficiência já sabe e quais são as possibilidades que ele tem de aumentar esses conhecimentos". Procure descobrir como tem sido a experiência do catequizando, pesquisando seu histórico e trocando informações com os pais e os catequistas da comunidade. Se ele estiver recebendo atendimento educacional especializado no contraturno em alguma instituição, é importante conversar com os especialistas ao longo do período catequético para acompanhar seu desenvolvimento. Isso pode ajudar muito a planejar os encontros, definir estratégias e escolher os melhores materiais o que é bom não só para o catequizando com deficiência, mas para a turma toda. Se sua catequese já oferece esse atendimento, a parceria com um especialista se dará de maneira ainda mais efetiva. No caso de haver um catequizando cego, esse profissional pode, por exemplo, ajudar você a elaborar materiais concretos para ensinar um conteúdo próprio (com figuras feitas em relevo, com tinta plástica ou objetos coladas no papel). "O catequista deve receber esse catequizando como ele recebe todas as outras. Ele é, acima de tudo, um aprendiz, um discípulo".

9. Educação Infantil: o segredo é a autoconfiança do catequista
Ouve-se muito que o catequista de crianças da pré-catequese não pode ser autoritário e que deve se basear no interesse da turma. Mas o verdadeiro responsável pela definição dos temas e das atividades a ser desenvolvidas é ele mesmo. Deixar a cargo dos catequizandos essa escolha não é sinônimo de liberdade nem demonstra uma postura pedagógica avançada. "O catequista precisa conhecer o modo como as crianças aprendem e como se desenvolvem e levar isso em conta na hora de planejar cada encontro". Deve-se compartilhar com as crianças algumas etapas do trabalho — pois isso também ensina a estudar e a planejar —, mas sem deixar que elas tomem todas as decisões. Na construção de uma maquete, por exemplo, vale uma conversa com os catequizandos sobre o material a ser utilizado e sobre o que será representado, além de fazer com eles um cronograma, que será utilizado ao longo do trabalho. Esta é a melhor maneira de envolver as crianças e garantir o interesse pela catequese: escolher temas adequados à faixa etária, que sejam relevantes do ponto de vista cultural, esteja relacionado ao local em que a catequese está inserida e sejam propostos de forma instigante.

10. Atividades recreativas, gincanas, passeios: o programa vai além do conteúdo esportivo
Essas atividades devem trazer discussões sobre assuntos como ética, bíblia, tempos litúrgicos, cidadania, respeito às diferenças, amizade, amor e cooperação. O cuidado constante com essas questões é essencial e se aplica até mesmo durante um campeonato de futebol. Sempre os escolhidos para formar os times são os mais hábeis e competitivos. Ficam para trás aqueles que, por algum motivo, têm dificuldade para jogar. "Cabe ao catequista discutir o problema claramente e perguntar por que foi escolhido este e não aquele catequizando". "Essas respostas vão permitir a ele trabalhar a questão das diferenças, que não se restringem às habilidades físicas, mas que são também socioeconômicas e culturais." Discussões desse tipo podem fazer parte da vivência diária dos catequizandos. "Não adianta apenas falar sobre as diferenças e continuar propondo somente atividades clássicas, como os jogos esportivos". Uma boa alternativa é trabalhar com os chamados jogos cooperativos, em que são valorizados elementos como aceitação, envolvimento, colaboração e diversão. "Joga-se com o outro e não contra o outro. Para alcançar os objetivos é preciso esforço e dedicação".


Flávio.


Quer saber mais?
Bibliografia
    A prática do planejamento participativo, Danilo Gandin, 184 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000, 26,60 reais
    Avaliação nas práticas de ensino e estágios, Zelir Salete Busato, 88 págs., Ed. Mediação, tel. (51) 3330-8105, 25 reais
    Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, Delia Lerner, 128 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 32 reais
    O jogo do contrário em avaliação, Jussara Hoffmann, 192 págs., Ed. Mediação, 32 reais
    Planejamento em destaque: análises menos convencionais, Maria Luisa M. Xavier, 176 págs., Ed. Mediação, 28 reais
    Ser professor é cuidar que o aluno aprenda, Pedro Demo, 88 págs., Ed. Mediação, 25 reais
    Internet www.escolaquevale.org.br você confere exemplos de seqüências didáticas

2009/01/29

Mochilas e o risco a saúde


Mochilas com rodinhas, cheias de compartimentos e bolsos, estão entre as preferidas das crianças, mas são as menos indicadas por quem entende da saúde. Segundo fisioterapeutas e ergonomistas, essas malas podem pôr em risco coluna e musculatura dos estudantes. Ao forçarem apenas um lado do corpo, as malas de rodinhas são prejudiciais à postura, aponta Antônio Renato Pereira Moro, ergonomista da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Outro problema das mochilas de rodinhas é a estrutura delas, geralmente em metal, o que as torna mais pesadas. Na hora de subir e descer escadas, a criança faz um esforço muscular maior que o adequado.
Cuidado com o que você carrega
Susi Fernandes, professora de fisioterapia , pesquisou o que as crianças levam nas mochilas. Ela encontrou muitos brinquedos, estojos, canetinhas, cadernos pesados. Muita coisa além do material escolar."Os pais precisam ficar de olho no que os pequenos andam colocando nas costas. E ajudá-los a encontrar soluções", diz a fisioterapeuta. Ela sugere negociar com a escola a quantidade de livros que devem ser levados todo dia ou pedir armários na escola. Para os alunos menores, Fernandes sugere que os pais vistoriem a mala todos os dias. "As rodinhas mal resistem às nossas calçadas. Além disso, muitos alunos só andam de carro. Esse tipo de mochila não faz sentido para tais condições", diz Moro. Mas, e se ainda assim você preferir as rodinhas? Para a professora Susi Fernandes, a solução é carregar o material corretamente: com as duas mãos para trás do corpo, para distribuir o peso. Para subir degraus, a mochila deve voltar para as costas, como se fosse uma mala convencional.
Peso ideal
Os bolsos também podem ser vilões da coluna das crianças. Apesar da impressão de que o material escolar ficará mais organizado, eles podem levar a criança a encher a mochila com objetos desnecessários - o que significa peso a mais, alerta a professora de fisioterapia. Uma lei municipal paulistana de 2002 determina que o peso das mochilas não pode passar de 10% do peso da criança. Se um aluno pesa 30 kg, deve carregar apenas 3 kg nas costas. Faltam estudos que relacionem o peso das mochilas a problemas ortopédicos, mas os especialistas apontam os riscos. "A criança está se desenvolvendo e não deve fazer muita tensão em partes isoladas no corpo, para que não haja alteração no crescimento", diz a fisioterapeuta Yeda Bellia. A matéria-prima da mochila também é outro fator a ser levado em conta: o melhor é optar por lonas finas ou emborrachados. "Não adianta escolher materiais que pareçam ter maior durabilidade ou malas muito estruturadas. O prejuízo para as crianças pode ser muito grande", diz Susi Fernandes. Além de agravar ou causar dores, o excesso de peso pode ter outras consequências na vida da criança, segundo a pesquisadora. Ela cita as "alterações posturais, como lombalgia crônica (dor na coluna), escoliose (desvio lateral da coluna) e hipercifose (corcunda)". O consenso entre especialistas para a melhor forma de transportar carga é junto ao corpo e de forma simétrica. "Para as crianças, o ideal é levar a mochila com as duas alças nos ombros e presas com cinto abdominal, que permite maior estabilidade", sugere Fernandes.
Fonte: UOL Educação - Especial Volta as Aulas.